terça-feira, 2 de novembro de 2010

A contribuição do ecofeminismo para a ética animal

Sim, nós mulheres somos responsáveis por toda forma de vida que habita nossa mãe terra.


Vejam a reportagem…


Aproveitando a vinda ao Brasil para participar do ENDA, Marti Kheel estendeu sua viagem até o sul e esteve alguns dias em Florianópolis (Santa Catarina), quando conversou com pesquisadoras(es), proferiu uma palestra e passeou pela ilha. Marti é autora de diversos artigos sobre ecofeminismo, defesa dos animais e ética ambiental, incluindo o livro Nature Ethics: An Ecofeminist Perspective.



Em sua palestra na Universidade Federal de Santa Catarina, organizada pelo grupo de estudos sobre Feminismo Eco-Animalista, Marti falou sobre a contribuição do ecofeminismo para a ética animal. Explicou que o ecofeminismo é tanto um campo teórico quanto um movimento social, que surgiu diante da degradação do mundo natural, na década de 1970. Ressaltando que não há uma única filosofia do ecofeminismo, explicou que “no nível mais amplo, o ecofeminismo refere-se à ideia de que a desvalorização das mulheres e da natureza tem andado de mãos dadas na sociedade ocidental machista”, e que ambas se reforçam mutuamente. Marti propõe que o ecofeminismo pode contribuir para a ética animal com uma ética do cuidado, mas ressalta que essa acepção de cuidado é muito diferente de simplesmente “tomar conta de algo”. Marti frisou a importância de remover os bloqueios conceituais que impedem o desenvolvimento da empatia em relação à natureza, bem como a adoção de uma prática vegana, que exclui todos os produtos de origem animal da dieta. Dessa forma, a educação de crianças é colocada como ponto fundamental para a promoção da ética animal e ambiental.


O encontro com o grupo de estudos sobre Feminismo Eco-Animalista, no dia 19 pela manhã, foi uma excelente oportunidade para as(os) pesquisadoras(es) que vêm ao longo de dois anos estudando as propostas teóricas de diversas autoras ecofeministas. Marti tirou dúvidas, esclareceu passagens de seus textos e compartilhou experiências que teve com colegas da área nos Estados Unidos.


A vinda de Marti, e os referidos eventos, contaram com o apoio da ANDA, na pessoa de Silvana Andrade, que viabilizou inicialmente a vinda da professora; do Babele Bistrô e Empório Orgânico, que preparou as refeições crudívoras; da Universidade Federal de Santa Catarina, especialmente os Programas de Pós-graduação em Filosofia e Interdisciplinar em Ciências Humanas, que financiaram transporte e hospedagem; e dos membros do projeto Feminismo Eco-Animalista, especialmente a professora coordenadora Sônia T. Felipe, as pesquisadoras Daniela Rosendo, Neide Schulte, Samantha Buglione e Tânia A. Khünen, e o pesquisador Rafael Mendonça. Em agradecimento pela vinda da palestrante, o grupo a presenteou com uma bolsa e uma peça de roupa produzida pela professora e estilista Neide Schulte, no âmbito do projeto EcoModa (www.ceart.udesc.br/ecomoda).




(Fonte: site da Anda – Agência de Notícias de Direitos Animais)

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